Diz-me quem és, não o que fazes.
É estranho quando vivemos com as pessoas e há tanta coisa que desconhecemos delas, sobretudo quando elas nos são próximas.
Dá para pensar até que ponto partilhamos, até que ponto as conhecemos e elas a nós. Até que ponto o ser é.
Parece-me que descobrimos mais nas pessoas quando as relações começam, do que quando elas evoluem.
Estranho, porque as pessoas se renovam constantemente, mas e as relações?
Deixamos de falar de pequenas coisas, como um acontecimento diário diferente que nos tocou mais profundamente, uma música, um sonho antigo, qualquer coisa.
Relação íntima... onde está a partilha da interioridade, afinal?
A profundidade, numa relação, é dificil de acontecer. Escondemo-nos uns dos outros. Começa o silêncio a escavar buracos vazios em vez de espaços preenchidos com a satisfação de nos sabermos realizados nas nossas necessidades e vontades.
Tenho saudades de uma boa conversa.